Brasil pode dobrar subsídio do seguro agrícola no próximo ano

O Brasil pode dobrar seu orçamento para subsídios dos prêmios de seguros agrícolas em 2020.

A informação foi divulgada pelo Secretário de Política Agrícola do país nesta quinta-feira, aparentemente contrariando a promessa do novo governo de reduzir os gastos públicos em vista da crescente dívida.

O governo pode ampliar seu orçamento para os prêmios de seguros contra potenciais perdas de colheitas para R$ 1 bilhão contra R$ 440 milhões em 2019, afirmou em entrevista Eduardo Sampaio, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

O montante atual subsidia seguros para a cobertura de cerca de 6.8 milhões de hectares, ou menos de 10% da área total plantada no Brasil, segundo dados do governo.

Sampaio disse que os níveis dos subsídios para empréstimos agrícolas e seguros para a próxima safra estão sendo negociados pelos ministérios da Agricultura e Economia e pelo Banco Central, e números específicos ainda serão definidos.

A negociação destaca um confronto entre o Ministério da Economia, que tem a intenção de cortar gastos diante da grande dívida pública e abraçar o livre mercado, e interesses específicos como os do setor agrícola, que procura manter os benefícios para a área.

Segundo Sampaio, “os dois lados concordaram em promover mudanças graduais, sem diminuição abrupta no crédito para o próximo Plano Safra, enquanto a redução da intervenção do governo nos mercados agrícolas se dará em médio prazo”.

“Não haverá uma ruptura, mas um movimento no sentido de maior racionalização, modernização, e com menos intervenção do Estado”, acrescentou o secretário.

Ele afirmou ainda que “o governo também concordou em manter financiamentos para pequenos e médios produtores, enquanto os empréstimos subsidiados aos produtores maiores serão cortados gradualmente”.

A expectativa é de que os empréstimos de R$ 194 bilhões no atual Plano Safra (2018/19) sejam mantidos ou ampliados para a próxima temporada, disse ele.

As mínimas recordes na taxa Selic permitem ao governo que libere mais empréstimos a taxas de juros similares, enquanto gasta a mesma quantidade de dinheiro”, disse Sampaio.

Fonte: Reuters

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Vicente Delgado

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