Os botos-cor-de-rosa mortos em decorrência da seca que atinge os rios amazônicos e parte da região da Amazônia nos últimos anos chamam a atenção para a vulnerabilidade deste animal, que consta como em alto risco de extinção. O animal, cujo nome científico específico é Inia geoffrensis, está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
Por parecer-se com um golfinho, mas viver em água doce, pode haver confusão em torno de que tipo de animal é o boto-cor-de-rosa? A seguir, leia três dados sobre ele que ressaltam sua singularidade e explicam essa pergunta!
Ainda assim, não se sabe exatamente o tamanho da área que um boto percorre durante sua vida, mas estudos identificam que eles podem permanecer por anos em áreas de menos de 100km² bem como se deslocar mais de 50 km em um único dia, informa a AMPA – Associação dos Amigos do Peixe-boi (entidade civil sem fins lucrativos criada nos anos 2000 para promover a pesquisa e proteção dos mamíferos aquáticos da Amazônia).
“Essa característica é importante para se mover na floresta alagada e procurar presas nas águas escuras dos rios amazônicos”, completa a fonte. Os animais também têm preferências de habitat de acordo com o sexo, afirma a AMAPA: “as fêmeas e seus filhotes ficam nos complexos de lagos e pequenos tributários, enquanto os machos preferem os rios principais”.
Entre eles estão boto-vermelho e boto-da-amazônia, mas ambos se referem aos animais endêmicos desta região. Novos estudos, no entanto, indicam existir duas espécies da família Iniidae na região: a Inia boliviensis para a população acima das cachoeiras do rio Madeira, e Inia geoffrensis para o restante da Amazônia.
Uma terceira espécie de boto foi recentemente identificada, detalha a AMPA: trata-se do Inia araguaiaensis, “o único golfinho exclusivo do Brasil e endêmico da sub-bacia Araguaia-Tocantins”.
É o maior dos golfinhos de água doce do mundo, afirma a fonte. “Os machos são bem maiores e mais rosados do que as fêmeas e sua coloração varia de cinza claro, nos filhotes e jovens, a rosa brilhante nos adultos”, diz a fonte.
O boto cor-de-rosa é importante não só para o equilíbrio da fauna amazônica, mas também faz parte do folclore brasileiro, com lendas sobre sua presença nas comunidades ribeirinhas locais.
A mais conhecida conta que, durante à noite, o boto se transformaria em rapaz charmoso e envolvente, deixando as águas dos rios para conquistar as mulheres na Amazônia. Um artigo de National Geographic Brasil intitulado “Boto-cor-de-rosa: a lenda do animal que se transforma em humano e outras curiosidades” se aprofunda nessas histórias.
Segundo detalha um documento sobre a lenda do boto publicado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil, “os botos vão aos bailes e dançam alegremente com as mulheres, que logo se envolvem em meio a seus galanteios. Apaixonam-se e engravidam deste rapaz”.
O mito popular termina dizendo que o “tal jovem galanteador” desaparece ao amanhecer, pois voltaria para as águas e para a sua forma de boto.
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Fonte: National Geographic
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 2 de set. de 2024, 17:01 BRT
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