Antes de assumir que os preços do segundo semestre de 2019 irão despencar como em 2017, é preciso pontuar uma diferença fundamental entre os períodos: até agora, a produção de leite ainda não reagiu como naquele ano – e isso não se deve apenas às condições sazonais (redução de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e diminuição da qualidade das pastagens).
A dificuldade de prever o comportamento dos preços neste segundo semestre se dá pela encruzilhada em que as indústrias se encontram: de um lado, com vendas fragilizadas de derivados e, do outro, disputando volume com concorrentes para assegurar matéria-prima, diminuir ociosidade não planejada (que se traduz em custos) e manter seus shares de mercado.
O período de quedas se iniciou, mas a expectativa dos agentes quanto à intensidade dos recuos daqui para a frente é muito divergente. Enquanto os valores do UHT e da muçarela seguem oscilando, mas com tendência à queda, o mercado spot mostra leve alta das cotações na segunda quinzena de julho (ver página 5), indicando possibilidade de variação pequena para os preços do produtor em agosto.
De janeiro a junho, os preços do leite ao produtor subiram 21,1% na “Média Brasil” líquida, devido à elevada competição entre indústrias para garantir a compra de matéria-prima e à menor oferta neste primeiro semestre. No entanto, a dificuldade dos laticínios em repassar a valorização da matéria-prima ao consumidor deve pressionar as cotações ao produtor já em julho (referente à captação de junho).
Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo registraram queda em junho, devido à fraca demanda no período. Nesse cenário, alguns laticínios permaneceram com menor produção, com o objetivo de evitar aumento de estoque.
O volume total de lácteos exportados e importados no primeiro semestre de 2019 fechou acima daquele do mesmo período de 2018. As exportações somaram 12,3 toneladas, 20,8% acima da quantidade embarcada na primeira metade do ano anterior. Esse resultado reflete os aumentos das comercializações de creme de leite e de leite condensado, de 20,5% e 18,1%, respectivamente, na mesma comparação.
O custo de produção da pecuária leiteira concluiu o primeiro semestre do ano com alta. Nesse período, o Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os desembolsos da atividade, acumulou alta de 0,61% na “média Brasil”, composta pelos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP.
Leia o boletim na íntegra clicando na imagem abaixo:
Por: AGRONEWS BRASIL
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