Crescimento expressivo impulsiona setor e reforça protagonismo do estado na pecuária brasileira
A pecuária registrou um marco histórico em 2024, com o abate de 39,14 milhões de cabeças de gado em todo o país. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse volume representa um crescimento de 15,10% em comparação a 2023, adicionando 5,13 milhões de bovinos ao total abatido no ano anterior. No centro desse avanço, Mato Grosso consolidou sua posição de liderança no segmento ao atingir o maior volume de abates já registrado na série histórica, totalizando 7,09 milhões de cabeças.
O estado, tradicionalmente o maior produtor de carne bovina do país, foi responsável por 18,11% do total nacional abatido, um avanço de 0,62 ponto percentual em relação à participação de 17,49% registrada em 2023. Em números absolutos, Mato Grosso acrescentou 1,14 milhão de cabeças ao volume de abates, firmando sua presença como o principal polo da atividade pecuária no Brasil.
Esse desempenho robusto refletiu diretamente na produção de carne, que também alcançou um recorde histórico. No total, o estado gerou 1,94 milhão de toneladas de carne bovina, fortalecendo sua importância tanto para o abastecimento interno quanto para a exportação, mercados que seguem demandando volumes expressivos do produto.
Apesar do crescimento expressivo no volume de abates, um dado chamou a atenção dos especialistas: a redução no peso médio da carcaça dos bovinos abatidos em Mato Grosso. Em 2024, a média caiu para 274,32 kg por animal, uma retração de 1,05% em relação ao ano anterior. Esse fenômeno está diretamente ligado ao maior número de fêmeas enviadas para o abate, já que apresentam menor rendimento de carcaça em comparação aos machos.
Esse movimento no perfil dos abates pode indicar ajustes estratégicos por parte dos pecuaristas, influenciados por fatores como oscilação de preços no mercado, custos de manutenção do rebanho e mudanças no ciclo pecuário. O aumento da participação de fêmeas no abate também pode sinalizar uma fase de renovação dos plantéis, estratégia comum em períodos de reestruturação da produção.
Com números expressivos e um protagonismo cada vez maior no cenário nacional, Mato Grosso reafirma sua posição como referência na pecuária de corte. No entanto, o setor segue atento a desafios como a volatilidade dos preços da carne, custos de produção e demandas ambientais cada vez mais rigorosas. A adaptação a novas tecnologias, práticas sustentáveis e estratégias de mercado será determinante para a manutenção do crescimento e competitividade do setor nos próximos anos. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro.
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