Bioenergia é vantagem competitiva para o Brasil

Oportunidades de mudança de padrão de matriz energética, promovendo desenvolvimentos tecnológico, social e econômico são grandes, mas é preciso engajar a sociedade e ampliar as políticas públicas, acredita representante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

A vantagem competitiva do Brasil para atender a agenda de redução das emissões de gases do efeito estufa – em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, conforme se comprometeu no Acordo de Paris no ano passado, para controlar o aumento da temperatura global – é muito grande, mas é preciso ampliar as políticas públicas nesse sentido, para estimular a produção de etanol e biodiesel. É no que acredita Marcelo Furtado, Facilitador da Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne representantes dos setor privado, da academia e da sociedade civil.

Porém, “autorizar venda de carros de passeio movidos a óleo diesel, por exemplo, seria um grande retrocesso”, alertou Furtado em sua fala no painel Bioenergias e Viabilização dos Acordos do Clima, durante o Unica Fórum 2016, realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar nesta 2a feira em São Paulo. “O mundo vai se descarbonizar e o setor de combustíveis fósseis é um dos que deveria fazer phase-out”, afirmou, preconizando o fim dos combustíveis à base de petróleo.

De acordo com Furtado, o Brasil precisa dar um sinal de longo prazo de que vai se descarbonizar, para atrair investimentos. Para ele, as oportunidades para o País são grandes, mas defende a ampliar a visão de mudança da matriz energética do setor de transporte, incluindo setores como o elétrico e o de produção de alimentos no processo.

E como o interesse pelo uso de energias limpas é de toda a sociedade brasileira, que será beneficiada com desenvolvimento tecnológico, econômico e social, sem falar no ambiental, com impactos na saúde, ela deve ser engajada.

Para Luís Barroso, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), subordinada ao Ministério das Minas e Energia, “se fizer sentido econômico, o setor viabiliza”. “Basta a correção dos sinais de mercado e o setor sucroenergético vai em frente”, disse.

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Vicente Delgado

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