Baixa umidade no solo afeta lavouras no Sul

Neste início de semana, áreas de instabilidade deixam o tempo instável e com previsão para ocorrência de pancadas de chuvas em boa parte das regiões produtoras do Sudeste, Centro-Oeste, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Rondônia e Pará. Porém, como vem ocorrendo com grande frequência, essas chuvas que estão sendo previstas não só para essa segunda-feira, mas durante toda a semana ocorrerá somente na forma de pancadas irregulares, lembra o agrometeorologista Marco Antônio Santos.

A chuva que cai no centro-norte do Brasil colabora com as lavouras que continuam apresentando bom desenvolvimento, não sendo observadas anomalias que possam causar perdas significativas à produtividade das plantas. Mas vale ressaltar, que este padrão de chuva irregular pode colocar algumas lavouras em situação de estresse hídrico com sinais de perdas em seus potenciais produtivos.

Mas mesmo assim, esses percentuais de perdas são baixos. Tempo aberto e sem chuva nesta segunda-feira (12), na Região Sul e sul do Mato Grosso do Sul. Já há sinais de lavouras com perdas em seus potenciais produtivos, por conta dos vários dias consecutivos de tempo estável e sem chuvas.

Muitas áreas da região Sul apresentam baixos índices de umidade do solo, afetando o pleno desenvolvimento das lavouras. E essa condição meteorológica se manterá inalterada ao longo de toda a semana, pois mesmo com a possibilidade de ocorrência de chuvas na próxima quarta-feira (14), como os modelos de previsão estão prevendo, essas chuvas deverão ser muito irregulares e de baixa intensidade.

Os volumes previstos não serão suficientes para elevar os níveis de umidade do solo ao ponto de dar suporte ao desenvolvimento das lavouras. Assim, lavouras de milho, que estão em plena fase de pendoamento e florescimento, poderão ser afetadas por esse clima mais seco. Lavouras de soja do sul do Mato Grosso do Sul também serão afetadas por esse regime de poucas chuvas. Esse padrão meteorológico, onde as chuvas estarão mais concentradas sobre a região centro-norte do Brasil, deixando o Sul com baixos volumes de chuvas está diretamente associado à influência da La Niña. Desse modo, a produção agrícola nacional poderá ser afetada por conta desse padrão de chuvas bem irregulares, na qual deverá se manter inalterada durante os próximos 60 dias.

Fonte: AgroClima

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Vicente Delgado

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