Essa revelação vai mudar a sua Páscoa!
Se você sempre acreditou que bacalhau é apenas um tipo de peixe, prepare-se para uma surpresa! Na verdade, bacalhau não é uma espécie de peixe, mas sim um método de conservação. O nome se refere ao processo milenar de salga e secagem que transforma determinadas espécies em um alimento resistente, saboroso e altamente valorizado.
Mas como esse costume começou? De onde vem esse nome misterioso? E quais peixes realmente podem se tornar “bacalhau”? Vamos descobrir!
De onde vem o nome bacalhau?

A origem do termo “bacalhau” ainda é debatida, mas há algumas teorias interessantes:
- Pode ter vindo do latim “baccalaris”, usado na Idade Média para se referir a trabalhadores rurais e, posteriormente, ao peixe seco.
- Outra hipótese aponta para o holandês “bakeljauw” e o basco “bakailao”, ambos usados para descrever peixes salgados e secos.
- No espanhol, a palavra “bacalao” já aparecia em registros do século XVI, sugerindo que esse termo se espalhou pelas línguas românicas.
- Seja qual for sua verdadeira origem, o fato é que “bacalhau” passou a designar um dos alimentos mais icônicos da história da gastronomia!
O bacalhau tem DNA? A ciência por trás do peixe salgado
Sim, tem! Como bacalhau não é um único peixe, diferentes espécies podem ser submetidas ao mesmo processo de cura. Mas a mais tradicional e valorizada é o Gadus Morhua, conhecido como bacalhau-do-Atlântico.
Curiosamente, pesquisas genéticas revelam que essa espécie é extremamente adaptável, podendo sobreviver em águas frias e profundas, o que a torna ideal para a pesca em regiões como a Noruega, Islândia e Canadá.
Além dele, outras espécies também podem ser chamadas de “bacalhau”, como:
- Gadus macrocephalus – Bacalhau-do-Pacífico, encontrado no Alasca e no Japão.
- Saithe (Pollachius virens) – Mais escuro e de sabor intenso.
- Ling (Molva molva) – De carne mais fibrosa e adocicada.
- Zarbo (Brosme brosme) – Menos conhecido, mas também usado.
Mas atenção! Se quer o “verdadeiro” bacalhau, o Gadus Morhua é o rei das receitas tradicionais.

O segredo dos Vikings: como tudo começou
A tradição do bacalhau vem de longe… lá da época dos Vikings! Sim, esses guerreiros nórdicos já dominavam a técnica de secagem ao ar livre para conservar peixes durante suas longas viagens.
Eles perceberam que, ao secar o peixe ao vento e ao frio das águas geladas do Atlântico Norte, ele se tornava mais leve, durável e nutritivo, sem necessidade de refrigeração. Com o tempo, os portugueses aprimoraram essa técnica, adicionando a salga, tornando o bacalhau ainda mais resistente ao tempo.

Hoje, o bacalhau é um dos peixes salgados mais apreciados do mundo e um símbolo da culinária portuguesa.
Por que o bacalhau virou tradição na Páscoa?
Você já se perguntou por que tantas famílias comem bacalhau na Semana Santa? A explicação vem da tradição cristã da Quaresma, um período de 40 dias que antecede a Páscoa, durante o qual o consumo de carne vermelha é evitado.

Nos tempos medievais, o bacalhau era uma das poucas proteínas acessíveis e fáceis de armazenar sem necessidade de refrigeração. Assim, ele se tornou o prato preferido para a Sexta-feira Santa e para o Domingo de Páscoa.
E cá entre nós… que outro alimento combina tão bem com batatas, azeite e alho como um bom bacalhau?
Curiosidades incríveis sobre o bacalhau
- Super saudável: O bacalhau é rico em ômega-3, proteínas e vitaminas do complexo B, além de ser pobre em gordura.
- Maior bacalhau já pescado: Um Gadus morhua recordista pesava 96 kg e tinha 1,80 metro!
- “O Fiel Amigo” – Em Portugal, o bacalhau é tão querido que ganhou esse apelido carinhoso.
- Transformação mágica: O bacalhau seco e salgado parece rígido como uma tábua, mas, ao ser dessalgado, volta a ter uma textura macia e suculenta!
Um nome, muitas histórias
O bacalhau não é apenas um peixe – é uma tradição milenar, uma história de adaptação e uma estrela da culinária mundial. Desde os Vikings até as mesas da Páscoa, ele conquistou gerações e segue sendo um dos pratos mais apreciados do mundo.

Então, da próxima vez que alguém perguntar o que é bacalhau, você já sabe: não é um peixe, é um processo!
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