Oferta aumenta de forma regionalizada, enquanto vendedores seguram o milho e mantêm o cenário de cautela nas negociações em meio à colheita e à semeadura da 2ª safra
O mercado do milho começa a sentir o peso da oferta crescente com o avanço da colheita da safra de verão, especialmente nas principais regiões produtoras do Brasil. O aumento pontual na disponibilidade do grão tem moderado o ritmo das altas nas cotações nas últimas semanas, colocando freios na escalada de preços que vinha sendo registrada desde o início do ano.
Em algumas praças produtoras, inclusive, os valores já começaram a recuar diante da entrada mais consistente dos primeiros volumes da safra atual.
O movimento, no entanto, não é uniforme em todo o país. Enquanto regiões tradicionalmente abastecidas pela safra de verão registram leve queda nos preços, outras praças mantêm a firmeza nas cotações, sustentadas principalmente pela retração dos vendedores. Muitos produtores seguem focados nas atividades de campo, priorizando a colheita da soja e o início da semeadura da 2ª safra de milho, o que reduz a oferta disponível para negociações imediatas e ajuda a segurar o mercado.
O cenário reflete o típico comportamento do mercado neste período de transição entre safras. A colheita do milho verão avança dentro da média histórica, ao passo que o plantio da segunda safra — a chamada safrinha — também ocorre em ritmo acelerado. Esse movimento sincronizado nas lavouras brasileiras mantém o mercado atento aos próximos passos da produção e do clima, fatores determinantes para a formação de preços nas próximas semanas.
Por ora, o mercado segue dividido: de um lado, a pressão da nova safra; de outro, a cautela dos produtores, que testam os limites de sustentação das cotações. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro.

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