A arroba do boi gordo registrou uma expressiva valorização ao longo do mês de outubro, atingindo o maior patamar dos últimos 16 meses, de acordo com dados até 18 de outubro. Esse movimento de alta nos preços está diretamente relacionado à menor oferta de fêmeas para abate e à crescente demanda internacional, fatores que reforçam o cenário de otimismo no setor.
Em Mato Grosso, estado tradicionalmente forte na pecuária, o preço da arroba atingiu US$ 46,29, o maior valor desde maio de 2023, representando uma alta de 15,58% em comparação com setembro de 2024. Já em São Paulo, o preço chegou a US$ 53,29 por arroba, marcando um aumento de 18,69% no mesmo período. Esses números refletem uma dinâmica de mercado que beneficia os pecuaristas, com menor oferta e maior procura por carne bovina tanto no mercado interno quanto no externo.
O destaque da valorização em São Paulo reforça o estado como um dos polos mais importantes na comercialização de gado bovino, principalmente pelo acesso facilitado a canais de exportação e pela qualidade do rebanho local. A alta significativa dos preços também indica uma tendência de recuperação de margens, após meses de pressão sobre o setor devido aos altos custos de produção.
Apesar da alta nos preços em dólares, o Brasil, especialmente Mato Grosso, ainda mantém uma posição competitiva no mercado global de carnes. Entre os principais países produtores, a carne brasileira segue como uma das mais acessíveis, o que pode impulsionar ainda mais as exportações do estado.
Os Estados Unidos, por exemplo, continuam a liderar com a arroba mais cara do mundo. Em setembro, o preço da arroba de gado no país foi cotado a US$ 110,16, um reflexo direto da menor oferta de gado norte-americano, o que contribuiu para a valorização dos preços. Mesmo diante desse cenário de aumento de preços global, Mato Grosso segue se destacando pela capacidade de produzir carne de alta qualidade a preços mais competitivos, o que reforça seu papel de liderança nas exportações de carne bovina.
Com o cenário de valorização no mercado internacional e a demanda crescente por proteína animal, a expectativa é de que o setor continue a ver oportunidades de expansão, especialmente nas exportações. A capacidade do Brasil de se manter competitivo, mesmo com o aumento dos preços, pode ser um fator crucial para fortalecer ainda mais sua participação no comércio global de carnes nos próximos meses.
Para os pecuaristas, a redução de fêmeas nos abates também traz um ponto positivo a longo prazo, pois contribui para a manutenção de rebanhos mais produtivos e para a sustentabilidade da pecuária. Clique aqui e veja mais notícias.
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