Esse crescimento gera automaticamente novas demandas de mercado, entre elas fontes de energia, proporcionada em sua maioria, pela madeira. Com isso, o plantio de florestas deve crescer e muito nos próximos anos, especialmente no Mato Grosso, maior estado produtor do etanol de milho.
“Hoje acompanhamos um movimento recente junto a produtores agroindustriais que avaliam, dentre outras fontes, o eucalipto como cultura florestal para produção sustentável de biomassa e abastecimento de usinas de etanol de milho. Como na produção do etanol de milho não há o bagaço para fonte de energia, como a cultura da cana-de-açúcar, esse tipo de usina precisa de outra matéria-prima para abastecer as caldeiras.
Neste sentido, o setor florestal brasileiro já é tido como um dos mais competitivos para a produção de biomassa a partir de florestas plantadas. Desta maneira, cria-se mais uma oportunidade para o setor, como uma forte tendência de fornecer soluções e projetos florestais, principalmente no Mato Grosso, estado líder na produção de etanol de milho no país”, avalia o engenheiro florestal, Luiz Fellipe Arcala.
Arcala lembra que pelo menos 15 novas indústrias de produção de etanol de milho, seja flex (etanol misto) ou full (somente de milho), começarão a ser implantadas no país todo, em especial na Região Centro Oeste, nos próximos anos. “Essas usinas tendem e começam a puxar essa demanda de plantio florestal para suprir esse déficit futuro. Nesse contexto, o estado do Mato Grosso pode se tornar a grande vitrine no plantio florestal. O estado tem gerado uma série de programas de usinas de etanol de milho, o que o transforma em um mercado muito promissor na questão do plantio florestal”, prevê.
Segundo o engenheiro, o movimento de produtores rurais de outras culturas, como a soja, já está no sentido de investir em florestas. “Tenho acompanhado produtores investindo em plantação de eucaliptos em áreas marginais de plantação da soja e já em busca de contratos com usinas futuras”, afirma.
A rentabilidade do plantio de florestas é outro ponto para qual Arcala alerta. “Um produtor de soja, por exemplo, pode ter grande rentabilidade, mas sempre existe uma área ou outra em que ele não consegue produzir a um nível de viabilidade econômica satisfatório. É aí que entra o plantio da floresta como uma ótima opção de rentabilidade, desde que haja uma garantia ou grande expectativa de mercado consumidor futuro. Falamos hoje em algo em torno de 6% a 13% mais o IPC-M (Índice de Preço ao Consumidor) de retorno ao ano, o que na nossa realidade econômica é muito interessante”, explica.
Fonte: AGROCLIMA
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