Agroclima: pancadas isoladas atingem a região do centro oeste, beneficiando as produções agrícolas

Nesta sexta-feira as áreas de instabilidade continuam se espalhando por grande parte do país beneficiando assim as produções agrícolas. Uma área de baixa pressão que se forma e alto mar, próximo à costa do RS, atrai a umidade da Amazônia e garante as pancadas de chuva que se espalham por toda a Região Sul.

O risco para temporais aumenta, principalmente durante a tarde e o maior volume de chuva, aparece no RS. Após dias seguidos de chuva, as lavouras de soja do RS podem ter problemas com o encharcamento do solo. Essa condição causa o escorrimento superficial no solo prejudicando as plantas além de aumentar também a pressão de doenças.

Outro sistema de baixa pressão se forma no Paraguai e desvia a umidade para a faixa oeste do país. Os ventos em altitude ajudam a umidade da Amazônia a se espalhar pelo centro oeste, porém as pancadas de chuva seguem bastante isoladas e não prometem grandes volumes acumulados, inclusive em MT. Logo após o natal estão previstas chuvas mais volumosas diminuindo o estresse hídrico e recuperando bem as condições de umidade do solo.

As instabilidades também se espalham pelo Sudeste, onde a chuva segue isolada, principalmente ao final da tarde. Ainda há risco para temporais, que devem ser rápidos e não trazem grande volume. O ar seco, continua ganhando força sobre o norte de MG, ES e norte do RJ, onde a temperatura sobe rápido.

Diante desse cenário, os produtores rurais devem se atentar uma vez que essas precipitações podem beneficiar o desenvolvimento de plantas invasoras. O planejamento de ações do controle das infestações deve ser realizado.

No MATOPIBA, o ar seco continua atuando. A umidade ainda chega até o TO, MA e norte do PI, onde a chuva ocorre de maneira isolada, mas sem grandes interferências para os trabalhos de campo. Já em grande parte da BA, uma massa de ar seco garante o predomínio de sol e a temperatura sobe.