Um dos principais transtornos estão na conta da septoriose, também conhecida como mancha-parda, doença causada pela ação do fungo Septoria glycines nas folhas das plantas.
Este organismo registra baixa frequência em sementes, prevalecendo por meio de restos de culturas anteriores da soja. Por conta de sua condição fúngica, a infecção nos cultivos é facilitada e favorecida por condições climáticas de calor e umidade, podendo ser facilitada pela ação do vento e conduzida por meio de gotas de água de uma planta para a outra.
Os primeiros sintomas da presença da doença aparecem por volta de duas semanas após a atividade do fungo, com o aparecimento de pequenos pontos ou manchas, em formatos angulares e de cor marrom-avermelhada, nas folhas unifoliadas das plantas. Quando suas condições de desenvolvimento ganham maior dimensão, podem atingir as folhas trifoliadas e ocasionar um processo polissíclico, causando a queda das folhas e maturação precoce dos grãos.
Caso o problema não seja identificado ao longo de suas etapas de evolução e controlado em tempo hábil pelo agricultor, as perdas em produtividade nas lavouras podem ser significativas. Para a realização do controle da septoriose, é fundamental que os produtores levem em conta questões que vão muito além dos aspectos pontuais da doença, consciente de que boas práticas também adotarão caráter preventivo para outros problemas.
Por conta da sobrevivência do fungo nos restos culturais da soja e por pertencer ao grupo das doenças de final de ciclo (DFC), o agricultor deve priorizar a adoção de um sistema de rotação de culturas, integrado com plantas de cobertura depositar palhada sobre os restos culturais, reduzindo a disseminação. Aplicação adequada de fungicidas também deve ser incorporada em um contexto do manejo integrado da doença.
Com cuidado, sensibilidade e destreza para mapear os cenários e desafios possíveis em suas lavouras, os sojicultores terão que adotar o manejo Integrado de doenças, em perspectivas de constante prosperidade e ganhos para toda a cadeia produtiva.
Por Sergio Abud é Biólogo e trabalha com a cultura da soja a 38 anos na Embrapa
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