Segundo agricultor mato-grossense e entidades do setor produtivo, as estatísticas oficiais não refletem a realidade da próxima safra de soja, principalmente em Mato Grosso
As estimativas divulgadas por órgãos governamentais sobre a produção agrícola nem sempre retratam com precisão a realidade enfrentada pelos produtores rurais. Esse descompasso ficou evidente mais uma vez neste ano em relação à safra de soja em Mato Grosso.
Indignado com a expectativa que vem sendo gerada pelas estimativas, Jonas gravou um vídeo que contrapõe sobre os dados divulgados. “Depois de ver um fiasco sobre o relatório do USDA, se vocês não quiserem ajudar, pelo menos não atrapalhem“, desabafou Jonas, produtor rural mato-grossense. Aperte o play e confira o vídeo completo.
O apelo do agricultor expõe a discrepância entre os dados oficiais baseados em estimativas e modelos estatísticos e o cenário verificado em campo, onde lavouras inteiras foram perdidas pela seca.
Enquanto o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou uma leve retração na produção do brasileira, os relatos de agricultores e entidades rurais dão conta de perdas expressivas provocadas pela severa estiagem.
Para entender melhor tudo isso e esse artigo não ficar muito longo, veja abaixo algumas matérias publicadas aqui no Agronews que mostram essa realidade vivida pelos produtores mato-grossenses, que obrigou cerca de 1/3 dos municípios do estado a decretarem “Situação de Emergência”:
Uma pesquisa realizada pela Aprosoja-MT apontou quebra de 21% na produção de soja em MT na safra 2023/2024. O levantamento foi realizado com mais de 800 produtores associados e dados relativos a mais de 900 propriedades, com dados representativos de cerca de 1,6 milhões de hectares, sendo que o estado produz um total de 12,2 milhões de hectares.
Em contrapartida, o USDA estimou na última sexta-feira(05) uma safra de 157 milhões de toneladas, queda apenas de 4 milhões de toneladas na comparação com a previsão de dezembro no Brasil. E como podemos perceber, os números destoam da realidade relatada por entidades e agricultores como Jonas Apio do município de Água Boa.
O Presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, em sua recente visita ao Paraná, constatou que na região um panorama muito semelhante ao encontrado em Mato Grosso e afirmou que “Os números oficiais não são oficiais na realidade” pelo que se pode perceber na produção brasileira e estima “grande quebra” na produção. (Link do vídeo: Pres. da Aprosoja Brasil estima “grande quebra” na safra 23/24)
Enfim, é preciso que os órgãos governamentais estejam atentos a essa divergência e busquem captar de forma mais precisa os efeitos adversos da estiagem para não subestimar a quebra na safra e suas consequências. Afinal, a realidade da lavoura nem sempre é refletida nas estatísticas.
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