<
Floresta Amazônica
Não é novidade que a floresta amazônica está repleta de vida, mas uma descoberta recente deixou perplexos até mesmo especialistas em vida selvagem e biólogos experientes. Na vegetação rasteira da Ilha de Marajó, no Brasil, eles encontraram nada menos que a carcaça de uma baleia jubarte de 10 toneladas.
Teorias preliminares sugerem que a baleia chegou à praia durante uma tempestade ou que já estava morta quando as marés crescentes a levaram para terra. No entanto, os cientistas estão confusos sobre como ele conseguiu viajar para o interior, ou por que estava nadando na costa do Marajó.

Especialistas marinhos do grupo de conservação local Instituto Bicho D’agua estão agora examinando a carcaça, com avaliações preliminares sugerindo que a jovem baleia morreu alguns dias antes de ser encontrada a cerca de 15 metros da costa. A líder do projeto, Renata Emin, está cativada pela descoberta do mamífero e intrigada com sua jornada.
“Ainda não temos certeza de como ela pousou aqui, mas estamos supondo que a criatura estava flutuando perto da costa e a maré, que tem sido bastante considerável nos últimos dias, a pegou e jogou para o interior, em o mangue”, observou ela.
“Juntamente com este feito surpreendente, estamos perplexos com o que uma baleia jubarte está fazendo na costa norte do Brasil em fevereiro, porque esta é uma ocorrência muito incomum”, acrescentou.
Pelas redes sociais, a ONG Bicho D’Água vem postando o trabalho de sua equipe na coleta de dados da baleia e amostras biológicas para análises de necropsia que serão realizadas em laboratórios de Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ). Os resultados devem levar mais de uma semana para sair.
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
Veja abaixo um vídeo gravado pelos pesquisadores no momento do encontro com o animal:
As baleias jubarte são normalmente encontradas no final do verão e no outono, mas muito mais ao sul. Eles só se aventuram para o norte até a foz do rio Amazonas em raras ocasiões. Emin sugeriu que o jovem animal foi separado de sua mãe, mas a causa da morte ainda é desconhecida.
“Dependendo do estado de decomposição, algumas informações já podem ter sido perdidas”, disse Emin. “Estamos coletando o máximo de informações possível e identificando marcas e feridas em seu corpo para ver se foi pego em uma rede ou atingido por um barco”.
A funcionária do Departamento de Estado Dirlene Silva explicou que o acesso à carcaça e à região onde foi encontrada é tão difícil que precisou ser desmontada e examinada no local.
“É muito difícil chegar lá e não há como enviar um trator porque não passaria”, disse Silva. “Não há como removê-lo. Para chegar lá, precisamos atravessar o pântano.”

A área onde a carcaça foi encontrada
Devido ao tamanho, peso e localização da carcaça, por enquanto não há planos para removê-la. Em vez disso, os pesquisadores pretendem enterrar a maior parte, enquanto o esqueleto será enviado ao Museu de História Natural Goeldi, em Belém, para estudos futuros.
Felizmente, este será um passo para revelar o que exatamente aconteceu com essa infeliz jubarte – mas, por enquanto, ninguém sabe ao certo.
Segundo a secretária de meio ambiente do município de Soure, Dirlene Silva, não será possível enterrar ou retirar o animal dali. Profissionais do Museu Emílio Goeldi, de Belém, também trabalham no caso e esperam conseguir retirar a ossada para estudos.
AGRONEWS® é informação para quem produz
]]>