Os números foram levantados por um grupo de 30 cientistas e publicados na revista científica Scientific Reports, que pertence ao grupo Nature. A grande quantidade de vidas perdidas são um alerta para a ameaça que essa catástrofe representa para a biodiversidade do país.
Nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o bioma pantaneiro é conhecido pelas suas regiões alagadas. Mas as secas do ano passados causaram queimadas que mudaram drasticamente a paisagem local.
Os pesquisadores atribuem o aumento da ocorrência de queimadas à ação humana. Segundo eles, o aquecimento global tem alterado a duração, a frequência e a intensidade dos períodos de seca em todo o planeta. Com a falta de chuvas, as matas ficam mais propícias a incêndios florestais.
Pequenas cobras, aves e roedores foram os mais atingidos, segundo a pesquisa. Ainda assim, chamou a atenção o grande número de répteis maiores, lagartos e grandes mamíferos como cervos, mortos pelo fogo.
Para estimar os números, os cientistas visitaram a região logo após os incêndios. No total foram estudados 39 mil quilômetros quadrados do pantanal brasileiro. Para cobrir toda essa área, foi feita a amostragem em diferentes pontos.
Determinados o locais de coleta, os pesquisadores fizeram a contagem das carcaças que encontravam. Isso permitiu, depois, estimar o número total de vertebrados mortos e a densidade das fatalidades, ou seja, regiões onde elas foram mais concentradas.
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Os números foram surpreendentes, segundo os cientistas. Ainda assim, podem estar subestimados, já que não incluem os casos de cadáveres escondidos (por exemplo, enterrados) e as mortes tardias.
Ainda que se salvem, muitos animais podem sair feridos com queimaduras graves, e não sobrevivem muito após o desastre. Além disso, o fogo altera a vegetação da região, fazendo muitos bichos morrerem de fome. Sendo assim, os 17 milhões foram apenas de mortes causadas diretamente pelas chamas.
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Os pesquisadores destacam seis ações que podem ajudar a reduzir e até prevenir queimadas florestais. É importante, segundo eles, o monitoramento contínuo das regiões de mata. Além disso, brigadas de incêndio em locais estratégicos devem ser capazes de prevenir o avanço do desastre.
Pensar em termos de logística também é necessário. Áreas distantes e pantanosas, por exemplo, precisam de melhorias das condições de acesso. Já a implementação de centros de resgate e reabilitação de vida selvagem cumpriria a função de cuidar de animais atingidos na tragédia.
Em termos de ações públicas, é necessária aplicação efetiva das políticas de manejo de incêndios e também o investimento em programas de educação comunitária focado no uso adequado do fogo.
No fim, eles acreditam que ainda é possível reverter esse cenário, evitando que mais vidas, como essas, sejam perdidas.
Fonte: Tecmundo
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