Simbolismos à parte, 2018 marca a saída da Marfrig da indústria do frango e da própria avicultura uma década depois de ter entrado no setor
Talvez poucos ainda se lembrem, mas a Marfrig já foi a segunda maior produtora de carne do frango do Brasil, atrás apenas da BRF. Fez sua estreia na atividade em 2008, com a aquisição da DaGranja e da Pena Branca (esta, pertencente à Moinhos Cruzeiro do Sul), além de realizar operações do Grupo OSI, através das quais se tornou proprietária da Moy Park, uma das líderes europeias na produção de carne de frango.
Mas foi no ano seguinte, 2009, que obteve maior relevância ao adquirir, da Cargill, a Seara Alimentos. No mesmo ano assumiu, também, as operações de carne de peru da Doux-Frangosul.
Em 2012 criou a Seara Foods. Foi quando – graças às decisões do CADE – incorporou à empresa 10 plantas industriais, oito centros de distribuição e 13 marcas então pertencentes à BRF.
Mas o “core businnes (e, parece, a própria capacidade administrativa) continuava na carne bovina. Tanto que, já no ano seguinte, 2013, a Marfrig sai da avicultura brasileira ao vender suas operações para a JBS.
A partir daí suas operações na área avícola ficam restritas ao exterior, através da KeystoneFoods (adquirida em 2010) e da Moy Park. Mas em 2015 esta é vendida à JBS (que em 2017 a vendeu à Pilgrim’s, do próprio grupo), restando no setor apenas a Keystone, da qual acaba de se desfazer – a favor da Tyson Foods.
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